segunda-feira, 26 de julho de 2010

:::UM GUIA PARA APRECIAR A CERVEJA PILSEN:::

Dourada e refrescante, é a mais consumida do mundo. Confira indicações de rótulos que, segundo especialistas, são imperdíveis






Pilsner Urquell: a Pilsen original, primeira do mundo, é a melhor na opinião dos especialistas. Feita de malte, lúpulo, água e fermentos, sem conservantes



 A Pilsen, dourada, refrescante e popular, é a cerveja mais consumida do mundo. É jovem. Nasceu em 1842, e a história do fermentado de cevada tem mais de 6 000 anos. O Blogueiro conversou sobre a Pilsen – e cerveja, de modo geral – com dois especialistas nesse tipo de bebida: Eduardo Passareli, dono do bar Melograno, em São Paulo, e Ronaldo Morado, autor da Larousse da Cerveja. O resultado é este breve guia que ajuda a informar-se, escolher, armazenar e consumir cerveja de qualidade. Com moderação, claro.


1. Cerveja tem de ser consumida jovem

Cerveja é uma bebida que tem de ser consumida jovem. Diferente do que acontece com muitos vinhos, ela não melhora com o tempo. A recomendação é observar o prazo de validade e preferir as que estiverem a, no máximo, três meses do vencimento. Menos do que isso já pode comprometer a qualidade do produto.

2. A garrafa e a lata devem ser guardadas em pé, longe da luz e do calor

A cerveja é um produto bem delicado, sensível à luz e ao calor. Em casa ou nos lugares em que é vendida tem de ser armazenada com esses cuidados. Outras recomendações são guardar a garrafa ou a lata em pé e agitá-la o mínimo possível. Desse modo, a quantidade de líquido em contato com o ar do interior do recipiente é menor. Isso ajuda a conservar as propriedades da bebida.

3. É certo consumir cerveja estupidamente gelada? Não

Não se deve resfriar muito. A temperatura ideal é entre quatro e sete graus. A três graus ou menos, a bebida perde propriedades de sabor e aroma. A cerveja muito gelada adormece as papilas gustativas impedindo a sensação plena do sabor e não libera os gases responsáveis pelos aromas. A cerveja muito gelada impede que o consumidor perceba os seus defeitos.

4. O selo Premium em um rótulo de Pilsen é, teoricamente, um recado do fabricante

Falar que uma cerveja Pilsen é melhor que a outra pode ser um equívoco. Essa questão depende do paladar de quem a consome. As Premium são um pouco mais caras, mas com esse selo o fabricante quer dizer que tal produto é o melhor em seu portfólio. Digamos que uma Premium tenha 30% de malte na composição. Isso lhe dará um sabor mais acentuado e 10% a mais de malte do que é regulamentado como mínimo, no Brasil.

5. A cerveja artesanal pode ser personalizada. A industrial é padronizada. O que é melhor?


Tanto produções em escala industrial quanto em microcervejarias conseguem entregar produtos de boa qualidade, desde que obedeçam a processos rígidos de produção. O que varia são as adições dos componentes na receita e a escala do processo de fabricação. Nas microcervejarias, o mestre cervejeiro tem a possibilidade de participar de perto de todas as etapas e interferir na receita, se for o caso. Em escala industrial é tudo em maior quantidade e por isso mais padronizado. Logo, é complicado fazer, por exemplo, uma degustação de cervejas industriais.
O chope é a cerveja crua, não pasteurizada e sem adição de conservantes. Tem que ser tomado na hora para não perder suas propriedades

6. Chope é cerveja crua, sem conservantes

O chope é a cerveja crua, não pasteurizada e sem adição de conservantes. Tem que ser tomado na hora para não perder suas propriedades. A cerveja tem mais tempo de conservação, desde que o armazenada adequadamente. Mas tanto a cerveja quanto o chope têm qualidade garantidas se o fabricante for confiável. Nesse caso, o desempate depende do paladar de quem consome. Há pessoas que podem apresentar reações alérgicas aos conservantes presentes na cerveja, por exemplo.

7. Cerveja choca é cerveja descongelada
Ao contrário do que se diz por aí, choca não é cerveja que estava gelada e esquentou. Nesse caso, basta gelar de novo para consumir. Mas, uma vez congelada, a cerveja é perdida. Com o congelamento ela perde gases, sabor e propriedades da sua composição, a água se separa dos outros ingredientes e a recomposição não acontece. Deve ser descartada.

8. Cerveja Pilsen combina com comidas leves e embutidos condimentados
Mesmo sendo mais popular e massificada a Pilsen também faz bom papel em harmonizações com saladas, quiches, frutos do mar e embutidos condimentados. Como seu sabor é mais suave, para que o prato não se sobreponha a sugestão é combinar com receitas leves ou mesmo apimentadas, por causa do contraste.

9. A cerveja tem de ter no mínimo 20% de malte de cevada. O que isso quer dizer?
No Brasil, o que caracteriza a cerveja é ter no mínimo 20% de malte de cevada em sua composição. Na Alemanha e na Republica Checa, esse percentual é de 50%. O restante pode incluir outros grãos como arroz, milho e trigo. A proporção e a escolha desses ingredientes variam entre fabricantes e interferem no sabor, na cor, no amargor. Uma cerveja puro malte, por exemplo, tem em sua composição exclusivamente água, malte e fermentos. Já uma cerveja com adição de milho e arroz é considerada menos pura e pode ter um paladar diferente, mas isso não significa que seja necessariamente um produto ruim.

10. A cerveja Pilsen tem um pai, e seu nome é Josef Groll

No final da década de 1830, os mestres cervejeiros da cidade de Pilsen, na Boêmia (hoje República Checa), estavam perdendo o sono por causa de uma possível contaminação na bebida que fabricavam. O ‘cervejólogo’ Ronaldo Morado conta que na época era comum cada cidade produzir a própria cerveja em instalações pequenas, algumas caseiras e em condições rudimentares. Pois bem, o sono perdido do povo de Pilsen daria início a uma das mais importantes transformações no mundo da bebida: a criação da cerveja de mesmo nome que chegaria ao século XXI dona de 80% do consumo mundial.
Explica-se: o problema com a bebida local fez com os cervejeiros da cidade de Pilsen recorressem a um especialista da Bavária. Seu nome era Josef Groll (1813-1887) e ele estava superalinhado com as tendências da época, como o uso do malte menos torrado e da chamada fermentação a frio. Em outubro de 1842, no meio desses estudos, Groll acabou produzindo uma cerveja nova, clara e carbonatada (com bastante espuma). “Era refrescante, clara, leve e frisante, de visual mais límpido e diferente das substanciais, turvas e encorpadas da época”, diz Morado. Com essas características, a Pilsen passou rapidamente a ser apreciada e aprovada. O consumo aumentou. A produção, idem. O preço diminuiu. E essa foi, basicamente, a fórmula da popularização.
No mesmo período, crescia a indústria de cristais na região da Boêmia. Então o jeito de servir o produto também mudou. “Antes da Pilsen e do cristal, se tomava cerveja em canecas de metal ou cerâmica. No copo translúcido, a nova bebida encantava também pelo dourado efervescente e a espuma alva”, conta Eduardo Passarelli, dono do Melograno, bar em São Paulo especializado em cervejas.

11. Os tipos de cerveja Pilsen
Conforme a classificação do BJCP (Beer Judge Certification Program) são quatro estilos classificados como Pilsen.

Bohemian Pilsener (Pilsen Tcheca): é o estilo original das cervejas feitas exatamente como em 1842.

Características: refrescante e com acentuado sabor de malte em equilíbrio com o amargor do lúpulo. A cor varia do amarelo-palha ao dourado-profundo. É sempre cristalina. Tem espuma branca, densa, cremosa e duradoura, corpo médio e amargor proeminente e não-agressivo, que logo desaparece.

Exemplos: Eisenbahn 5, Pilsner Urquell, Czechvar (Budweiser Budvar), 1795 Original Czech Lager, Staropramen.

German Pilsner (Pils): irmã da Bohemian Pilsener, produzida na região da Boêmia. A produção é adaptada às condições das cervejarias alemãs.

Características: seu caráter é menos de malte e mais de lúpulo. A espuma é branca, cremosa e persistente. É mais seca, crocante, clara e leve que a Bohemian Pilsener. Forte amargor.

Exemplos: Dado Bier Original, Warsteiner Premium Verum, König Pilsener, Wernesgrüner Pils. etc.

Premium American Lager: boa parte das cervejarias produz suas próprias marcas Premium para atender a um mercado mais exigente quanto a aroma e corpo. Em geral, utilizam ingredientes selecionados, receitas especiais e aplicam estratégias de marketing para diferenciar esses produtos. A garrafa verde é uma delas.

Exemplos: Heineken, Stella Artois, Beck’s, Brahma Extra, Serramalte, Bavaria Premium, Eisenbahn Pilsen, Colorado Cauim, Cidade Imperial Cerveja Clara, Damm A.K. etc.

Standard American Lager: de todos os estilos de cerveja, este é o mais popular, e representa a maior parte das vendas no mundo e das marcas brasileiras.
Características: refrescante e de um amarelo bem claro, é transparente, com espuma clara, mas pouco persistente. O aroma é discreto.
Exemplos: Budweiser, Antarctica Pilsen, Antarctica Pilsen Extra Cristal, Antarctica Original, Skol Pilsen, Bohemia Pilsen, Polar Export, Cintra, Nova Schin, Glacial, Devassa Loura, Damm Estrella, Patrícia etc.

 Colorado Cauim: fabricada pela microcervejaria Colorado de Ribeirão Preto (SP), traz em sua composição malte holandês e lúpulo tcheco

12. Oito cervejas Pilsen para beber pelo menos uma vez na vida

Pilsner Urquell: é considerada a Pilsen original, a primeira do mundo (desde 1842) e também a melhor na opinião dos especialistas. Sua receita segue a Lei de Pureza (de 1516), ou seja, na composição encontram-se apenas malte, lúpulo, água e fermentos. Sem conservantes nem estabilizantes. De origem tcheca é fabricada pela SABMiller na cidade de Plzeň (Pilsen), província da Boêmia.

Onde encontrar: chega ao Brasil neste mês (abril de 2010). Será vendida em lojas e bares especializados.

Preço: 15 reais a garrafa com 500ml

Outras opções: a tcheca Czechvar (15 reais, 500ml) e a alemã Krombacher Pils (15 reais, 500ml), menos lupulada e amarga que as tchecas, mas ainda assim mais forte que as brasileiras.


Wäls Pilsen: Pilsen de inspiração tcheca fabricada no Brasil pela cervejaria Wäls, em Minas Gerais. Diferente das Pilsens comuns produzidas por aqui ela é a que mais se aproxima da original tcheca, com mais presença de lúpulo e malte e amargor acentuado. Também respeita a Lei de Pureza e não traz conservantes e estabilizantes em sua composição.

Onde encontrar: casas especializadas e em alguns supermercados.

Preço: 12 reais a garrafa de 355ml

Outras opções: Tcheca Bamberg (14 reais, 500ml), produzida na fábrica da Bamberg em Votorantim (SP), traz na composição fermento e lúpulo importados da República Tcheca e malte alemão. A Bamberg Pilsen (9 reais, 355ml) também segue a Lei de Pureza. Apesar do puro malte, tem sabor menos acentuado e amargor mais suave que as anteriores. A Eisenbahn Pilsen (8 reais, 355ml) produzida pela cervejaria brasileira em Blumenau (Santa Catarina). Também é classificada uma cerveja puro malte. Segue a Lei de Pureza, mas é menos amarga do que a média.


Colorado Cauim: . Em especial se destaca pelo uso de ingredientes brasileiros na receita, como a mandioca. Tem sabor levemente adocicado e aroma floral de lúpulo. O nome é uma referência a bebidas indígenas feitas a base de fermentação de cereais e mandioca. Custa em média R$ 18 a garrafa de 600ml.

 Bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos. Se beber, não dirija
Axé até o próximo post.....

segunda-feira, 19 de julho de 2010

:::FELIZ DIA DO AMIGO:::

Caros amigos, blogandos e afins...
desejo a todos um feliz dia do amigo
com essa singela canção.
sei que é pouco no sentido material mas acredito
que no sentido sentimental seja de grande valia e
prazer, pois vem do coração...

Amigo - Jorge Aragão

Amigo é pra se ouvir sem nada pra dizer
Não tem o que pedir somente oferecer
embora pareça que não amigo é inimigo do não
não liga pra rima, não lê mas assina
confia no perto de mão

Muito mais além do que se ve no espelho
aquele que faz bem sem ter que dar conselho
Se eu miro ele aperta
Se eu erro ele acerta
Um Zé de fulano é de tal
Maria é seu porto final

Eu canto ele agita na palma da mão
se toco ele tira poeira do chão
Pessoa fé

É sim assim que pula na frente e pergunta quem é
É sim assim parceiro da noite num dia qualquer


Feliz dia do amigo...
axé e até o próximo post...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

:::Antagonismo:::

Venho por este tentar expor um pouco do que penso sobre o maior fenômeno entre os seres humanos, já existente, o antagonismo. “Antagonismo” O que será isso? Muitos devem estar se perguntando nesse momento, quase todos mal se lembram que esta palavra existe. Pior que ela, a realidade. Sua definição é “Estado de rivalidade entre coletividades, pessoas ou sistemas. Oposição mútua, incompatibilidade. Simples como Milionários e Miseráveis “Quase não há diferença entre essas duas classes” Os mundos de ambos são tão diferentes que vou precisar morrer e nascer de novo dez vezes para ver se isso um dia mudará ou pelo menos entender os porquês dessa realidade. Só depois de muitas análises criei coragem para abordar este tema. Ultimamente estamos nos deparado com um imenso choque ideológico entre pessoas até de um mesmo grupo social, cultural, racial etc. Dentro de uma mesma família: ideias, gostos, pensamentos, comportamentos totalmente divergentes entre pais e filhos que mais tarde acaba se estendendo para uma seguinte geração até que isso se torne incontrolável e por fim, passe a ser algo absolutamente comum entre todas as pessoas. Quem será o fenômeno que está por trás de tudo isso? Será a televisão? Será o sistema? Será o livre arbítrio? Penso que muita vez a sociedade Brasileira torna-se vitima de si mesma quando se depara com situações do tipo religiosas, por exemplo, quem acredita no quê, qual é a melhor igreja etc… Mas a resposta perante as leis de Deus, nunca sabe ao certo. Vejo muito poucas pessoas seguirem de fato, um mínimo se quer dessas leis que disseram que são. Observando o mundo animal, não o humano, cheguei a uma simples conclusão. Para que um leão se alimente é preciso que mate um outro animal trocando sua vida pela dele, ou seja: uma vida trocada por outra. “Mundo animal sem culpa” Quem sabe alguns políticos estejam também, usando isso de forma natural como por extinto entre nós, os seres humanos?  Fazendo da desgraça de milhares, a riqueza de alguns? Serão estes os mesmos que temem a unidade nacional entre brancos e negros, pobres e ricos, evangélicos e macumbeiros, jovens e adultos? Não posso crer que maior divisão popular de todos os tempos, o futebol venha ser fruto de um povo tão sofrido e submisso como o nosso. Isso não é daqui de baixo, mal consigo enxergar, isso só pode ter vindo lá de cima. Por diversas vezes pagamos para ver um tipo de guerra civil num dia de jogo. Serão eles os mesmos que temem a unidade mundial onde brasileiro não detestem argentinos, onde todos caminhemos juntos numa mesma ideologia de viver melhor com educação, saúde, informação e emprego para todos? Se todos respiramos o mesmo ar, bebemos da mesma água, comemos do mesmo fruto, porque não acreditamos em um mesmo Deus cada um a sua maneira, já que ninguém pode dizer a cor do ar, onde o mar acaba, porque a lua é fria e o sol aquece, já que somos filhos de uma mesma natureza? Não entendo por que a força do povo não alcança a diluição dessas estratégias. É tempo de quebrarmos os preconceitos e andarmos todos para o mesmo sentido, cada um doando parte de si para uma melhora mútua, buscando fazer do planeta o céu e não o inferno. Se não ganhamos o suficiente para resolvermos o caso então, que façamos o suficiente para resolvermos o caso à outras maneiras, com o que pudermos! Da morte todos temos certeza e para que também tenhamos certeza da vida, plantemos uma semente e por fim, teremos uma árvore. Pense nisso!

Axé até o próximo post....

sábado, 10 de julho de 2010

:::Os arranjos do samba:::


Há diversos tipos de arranjos para o samba. No começo, ainda nos anos 30, as gravações eram com muita orquestra, deixando os instrumentos tradicionais do samba (cavaquinho, pandeiro, etc.) em segundo plano. Era uma influência do maxixe. O samba já tinha uma nova rítmica, mas os arranjadores ainda estavam condicionados ao samba amaxixado. Assim sendo, as primeiras gravações de Ismael Silva, Bide, Marçal e toda a turma do Estácio de Sá (inventores do samba que nós conhecemos) eram repletas de instrumentos orquestrais.

O primeiro samba a ser gravado com instrumentos de escola de samba foi “Na Pavuna” de Candoca da Anunciação e Almirante. O próprio Almirante cantou acompanhado do Bando dos Tangarás, para o carnaval de 1930. A partir daí, ficou mais comum o samba ter a roupagem mais adequada em suas gravações. As gravadoras, então, foram atrás dos bons ritmistas das escolas de samba. Marçal, Bide, Bucy Moreira e Raul Marques foram alguns dos batuqueiros que estavam sempre nas gravações.

Esta roupagem do samba (cavaco, violão, pandeiro, surdo e ritmo geral) é a roupagem que temos hoje. Mas, ao longo dos anos, houve muito tipo de arranjo diferente. Nos anos 60, os conjuntos Rosa de Ouro, A Voz do Morro, Os Cinco Crioulos, Os Mensageiros do Samba e Os Cinco Só entre outros, eram conjuntos de sambistas de escolas de samba. A cadência era um pouco mais acelerada do que a que viria se firmar na década seguinte. Já nos anos 70, os discos de partido alto (os mais emblemáticos foram os da série Partido em 5) obedeciam a uma estrutura rítmica um pouco mais lenta, que seguia ao ritmo do pandeiro partido. Foi nesta época que o grande percussionista Doutor introduziu o repique de anel nas gravações.

Os anos 70 foram os anos em que os grandes sambistas esquecidos pela mídia finalmente gravaram discos. Os arranjos? Bons. Instrumentos que se usam numa roda de samba tocados com uma cadência linda. Cartola, Candeia e Wilson Moreira finalmente foram para a vitrola.

Outros sambistas infelizmente não gravaram os seus discos com bons arranjos. O ótimo João Nogueira insistiu em usar baixo e bateria em seus discos. Estragou lindas composições e uma linda voz. Poucos discos seus tem arranjos bons... Um deles, entretanto, eu tiro o meu chapéu: o álbum Parceira, com Paulo César Pinheiro. As belas composições foram cantadas com um arranjo de violão sete cordas, seis cordas, cavaco, piano, bateria e baixo. O belo arranjo foi feito por quem sabe muito, o maestro e pianista Cristóvão Bastos. Não tenho críticas ao baixo e à bateria aqui. Foram muito bem arranjados...

Quem gosta de usar baixo e bateria (além de um sempre presente piano), mas de forma harmônica e bem feita é Paulinho da Viola. Usa bem. O baixista, o baterista e o pianista são feras (Dininho, Wilson das Neves e Cristóvão Bastos) e Paulinho sabe fazer arranjos lindos para seus sambas. A bateria não se sobressai aos outros instrumentos de percussão e essa é minha maior critica ao uso da bateria no samba.

No final dos anos 70 surgiu o samba do Cacique de Ramos. Foi a última grande modificação da rítmica e dos arranjos de samba. Entrou o repique de mão e o banjo (que há muito tempo, desde Donga, andava excluído do samba) e acelerou-se a cadência. Era o samba caciqueano, feito no Fundo do Quintal. Assim se atravessou os anos 80: as gravadoras iam atrás do “pagode” e os sambistas iam atrás de quem gravasse samba. No caso, um produtor japonês chamado Tanaka. Praticamente, só ele produziu discos de samba nesta década. Vivíamos a ditadura do “pagode de raiz".

Os anos 90 e os atuais anos vêem uma nova valorização do samba. Em muitas rodas de samba em São Paulo e no Rio toca-se samba como se tocava nos terreiros das escolas da antiga. Os novos cartazes do samba também preferem gravar samba com arranjos mais cadenciados. E isso não é passadismo. O samba se renova a cada dia. Mas sem se descaracterizar.

E assim “o samba bate outra vez”...

Texto transcrito pelo O couro do cabrito



Vamos aprender sobre o samba...

Axé Até o próximo post...



:::Doutô - O percursor do Repique de Anel:::

Um pouco mais sobre "DOTÔ"
DOTÔ tem uma história curiosa.Comecou aos 16 anos aprendendo clarinte com Benetido do Pistão. "Benedito era um cara conhecido nas rodas de Samba.Tentou me ensinar tudo o que sabia, mas aos poucos fui verificando que meu negócio era ritmo .Couro e Madeira"
Passou a tocar bateria no Conjunto Said, em Coelho Neto, subúrbio do Grande Rio. Seu temperamento instável levou -o a vender o instrumento ("para pagar umas contas"),voltando meses depois a participar do Conjunto Los Cubanos de Niteroi.Nessa fase, DOTÔ varava as noites "fazendo bailes no lugares mais escusos do mundo..." Deixando as baquetas DOTÔ passou a se especializar num Agogô de duas bocas. e acabou por "inventar "um Agogô de cinco bocas-"com possibilidades muito mais amplas para criações dos Ritmistas". Já conhecido nos meios do Samba, foi convidado a integrar o Bloco Acadêmicos de Colégio (do subúrbio do mesmo nome).
Foi aí que o Rei do Prato, Sambista do Império Serrano, o convidou para fazer parte da bateria da escola. Sua fama se consolidaria e DOTÔ passaria à história do Samba como um "Monstro" no Repinique, tocando coma as duas mãos ( coisa rara até mesmo entre os maiores especialistas das escolas cariocas).
Depois foi ser o diretor de bateria da QUILOMBO DO CANDEIA

Dizem os antigos que gravavam com ele que ele se escondia atrás de um biongo fechado para gravar o repique de anel para que nem visse e copiasse o seu estilo.

Texto de Manoel Tavares ( assessor de Imprensa - CBS)
transcrito na contracapa do disco "Nira Gongo" do Conjunto os Baluartes

Vamos aprender mais de samba...

Axé até o próximo post...

:::Inédito:::

Adoro essa palavra do título acima, ainda mais quando se trata de sambas...

É meus caros, sambas inéditos, esses dias em uma conversa informal com um cara que faz parte de um grande movimento de samba em São Paulo fiquei maravilhado com a qualidade e a presteza que a galera do samba da vela comandados por Chapinha, Paquera, Maurílio e Magno lá na casa de cultura de santo amaro, tem feito samba bom, com qualidade, métrica e boa rima, ainda resgatam a identidade perdida de sambas de terreiros, calangueados e outros genótipos da nossa raiz do samba tão esquecida e desprezada pela mídia.

E como aqui é um canal para se falar de samba venho enaltecer os novos compositores de samba. E com todo respeito aos mais velhos que muito contribuíram para essa instituição tão valorosa e que hoje é patrimônio cultural da humanidade.

Então galera vamos compor bons sambas, vamos manter a hasteada a nossa bandeira e respeito aos antigos.

Existe vários movimentos de compositores de samba que fazem a sua roda, aqui no Rio de Janeiro rola as Quartas Feiras na pedra do sal a roda dos compositores.

E para quem está em São Paulo eu indico o samba da vela um bom lugar para se divertir e ouvir sambas inéditos e apresentar seus sambas também.


Então galera para mim hoje em dia se for bom e inédito ta valendo,

E vamos fazer samba que é o mais importante.


Axé até o próximo post...

::: SEM TEMPO:::

Caros amigos e blogandos,

Ta cada vez mais complicado de postar coisas legais para vocês aqui, o tempo está cada vez mais escasso, mas vamos tentando.

Venho me desculpar e tentar movimentar um pouquinho mais as coisas por aqui.



Axé


Até o próximo post...