terça-feira, 14 de abril de 2009

:::O AMOR QUE A VIDA TRÁS:::

Eu gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisava ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que me adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Eu quero um amor assim.
-É pedir muito?
-Ora estou sendo modesto.

O problema é que todos nós imaginamos um amor a nosso modo, um amor cheio de pré requisitos.
Ao analizar um curriculo de um candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O meu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja para assistir em casa no DVD.

-E seria bom que gostásse de meus amigos.

-E precisa ter um emprego seguro.

-Bom humor, sim,bom humor não pode faltar.

-Não é querer demais, é?

Nimguém está pedindo um piloto de fórmula 1 ou um jogador de futebol.
Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.
Aí a vida bate em minha porta e me entrega um amor que não tem nada a ver comigo e com o que eu queria.

-Será que se enganou de endereço?

-Não.

-Está tudo certinho confira o protocolo.

-Esse é o amor que me cabe. É meu.

-Se não gostar posso jogar no lixo, posso passar adiante, fazer o que quiser.

-A entrega está feita…

E agora eu estou aqui com esse amor que não estava nos planos, um amor que não é a minha cara, que não lembra em nada o amor solicitado.
E, por isso mesmo, um amor que tudo me deixa em pânico e em êxtase.
Tudo diferente do que um dia eu pude supôr.

-Um amor que me pertuba e exige, que não aceita as regras que eu estipulei.

-Um amor que a cada manhã me faz pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por desconfiança que eu não esperava enfrentar e por beijos que não imaginava ter tanto fôlego.

-Um amor errado como aqueles que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que havia encomendado, mas a vida que é péssima em atender pedidos, me trouxe esse e tenho que me conformar, saborear esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que desconfio se me pertence.

Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha não apareceu.
Olhe pra mim vivendo esse amor a granel não era bem isso que desejava, mas é o amor que me foi destinado, o amor que começou em uma festa num final de domingo, o amor que era pra não vingar virou compromisso, olha eu tendo que explicar o que não se explica, eu nunca havia me dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja.

- áh esse me serviu direitinho!

Aqule amor discretinho por mim tão sonhado vai parar na porta de alguém para o qual um amor discretinho costuma ser desprezado, repare em comoa vida é astuciosa.

Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando na porta mesmo eu nunca tendo apostado.

Aquele amor que encomendei não veio!!!!! Estou muito feliz!!!! E aproveito o que a vida me mandou por sorteio!!!!



Axé até o próximo post...

Um comentário:

Unknown disse...

Fala Henry
E aí?? Fez o depósito?
Abraço.
William.