quarta-feira, 14 de outubro de 2009

:::SÃO NUNCA.....NUNCA MAIS...:::


Poeta e letrista, Wally Salomão dizia que nossa memória é uma ilha de edição. Alguns momentos dariam um grande final, outros seriam dignos de cortes, e alguns teriam capítulos inusitados, como a missão de ter que conhecer o Pagode do Imperador, em pleno domingo, no Botequim São Nunca, na Barra. A trabalho, é bom frisar, para saber como anda o reino de Adriano nas noitadas cariocas. Sei que de botequim o lugar não tem nada.Depois de uma grande reforma, a casa parece um cubo mágico. Mas, em vez de combinação de cores, uma misturada de tipos. Marcado para começar às 19h, com caipirinha liberada para a mulherada até às 23h, o negócio só começa a ficar bom - ou seria esquisito - lá para meia-noite, quando o grupo Imperar já está no palco e os gritos de que o Imperador vai chegar ecoam no salão. Mas ele não chegou, para tristeza de dúzias e mais dúzias de mulheres melões, jacas, melancias, uma autêntica salada de frutas. Entre os homens, muito cordão daquele de fazer a pessoa ficar até meio corcunda. O chope é Itaipava, mas bem gelado e que desce bem. Difícil mesmo de engolir foram os diálogos que refletiam o desejo quase sexual que as mulheres demonstravam para ver Adriano. Saias curtas, calças justas, muita pintura e disposição. No intervalo do pagode, funk, é claro. A noitada mais parece uma aula de sociologia. Cada indício de que o Imperador pode chegar movimenta seguranças, gera proibição de máquinas digitais e burburinho. Dessa vez ele não foi, mas deixou claro que o Pagode do Imperador movimenta quadris e coxas. Se tivesse que fazer uma oração seria São Nunca...mais.

Axé até o próximo post....

Um comentário:

Rodrigo Nonno disse...

Meu caro amigo, o Imperador - enquanto fizer gols, é claro - merece ser visto no Maraca.

Nunca mais pise nessa merda, nessa nojeira, que tanto emporcalha nossa cidade (se bem, que nem considero a - eca!- Barra da Tijuca como parte do Rio de Janeiro. Se alfurjas com estas ficassem só por lá, tudo bem. Mas isto toma conta do nosso Rio, acabando com os - estes sim estabelecimentos de respeito e tradição, quem em nada tem a ver com lucros abusivos - botequins verdadeiros.

É um prazer voltar a te assistir, caro amigo.

Inté.